O ESPAÇO É O LIMITE

“Assim como o jornalista encara a lauda a espera das palavras, Márcia gosta mesmo é do espaço vazio – campo aberto para demarcar linhas, curvas e alocar objetos de forma surpreendente.
A arquitetura é sua paixão. Nela desdobra projetos de sucesso junto aos amigos-clientes que vai juntando pela vida. É uma profissional que trabalha com a febre compulsiva dos criadores, no compasso de um relógio arquitetônico, que ás vezes toca em horas impróprias e arquiteta mudanças ao seu bel-prazer.
Brasilia, Lisboa, Palmas, Rio de janeiro, não importa o porto Márcia faz parte da melhor safra de arquitetos e decoradores que estão elevando a arquitetura brasileira ao seu devido reconhecimento. Explora materiais e cores apresentando ambientes que serão sempre contemporâneos. Aonde quer que esteja pode-se dizer que ela constrói bom gosto captando os desejos e estilo do cliente.

Maria Arienar, jornalista (inn memoriam)

APRENDENDO COM OS MELHORES

Em 1994 recém formada, Márcia foi indicada pelo Arquiteto, seu professor, Ricardo Saturnino Braga, para trabalhar no escritório de Oscar Niemeyer. “Fiquei envaidecida. Não só por ser um dos maiores arquitetos vivos do mundo,na época, mas por ser uma profunda admiradora de sua obra”. De 1994 a 2000 trabalhou no escritório de desenvolvimento de projectos/RJ, onde na época funcionava ao lado da fundação Oscar Niemeyer.
No escritório, Ana Eliza Niemeyer, ao lado de Jair Valera, coordenava uma equipe de cinco arquitetos: Carlos Eduardo Niemeyer, Frederico, Marcia Montenegro, Adriana Ferreira e Paulo Figueiras(foto). em 1996 Niemeyer foi agraciado com o maior premio de arquitectura mundial pelo conjunto de sua obra: o premio pritzker,concedido na bienal veneza. como costuma visitar a bienal, Márcia acabou compartilhando daquele momento importante da vida de Niemeyer. “Orgulho-me desta importante fase da minha carreira: pela formação, admiração, aprendizado e amizades que cultivei com mestres, amigos e companheiros de profiSSão”, diz a arquiteta.